Capitulo 10.

O dia do casamento de Baro estava próximo, estava aparentemente calma e tranquila, mas meu corpo fervia. Queria entender o real motivo disso tudo, era tudo muito louco e fora do normal! Um servo veio avisar que havia visita. Desci a escada irritada, havia acabado de acordar, acabei esquecendo-me de por o roupão. Na sala havia Baro, menos elegante, mas ainda belo e uma moça com uma mala realmente grande. Olhei incrédula parada bem no meio da escada, voltei a si e continuei a descer.

- Quero você bela em meu casamento. – disse beijando minha mão direita. – trouxe uma conhecida da família, ela irá lhe vestir.

Levei a mão à boca, depois minha mão foi levantada pela senhora, ela tirava as medidas de minha cintura.

- Para que? – disse olhando Baro nos olhos. – por quê?


- Quero minha grande amiga bela em meu casamento. – ele disse sorrindo. – há algum problema?


- N-Não! – sorri. – nenhum.

Baro escolheu a cor, tecido tudo. Era um rosa bebê, algo que não escolheria. O tecido era fino de excelente qualidade. O convidei para almoçar, mas ele teria compromisso, compreendi abatida. Tentava esquece-lo dia após dia, mas apenas queria o beijo dele, dia após dia.

Passaram-se algumas semanas e logo o casamento de Baro chegou, acordei indisposta, mas me levantei bem cedo. Algumas servas de Baro vieram me arrumar, tudo era tão estranho. Mas deixei que me arrumassem.

Baro veio pessoalmente me buscar, olhei no espelho, meu cabelo estava com ondas por todo seu comprimento, minha coroa estava com plumas rosa, combinando com meu vestido rosa,  que por sinal era tomara que caia com uma saia volumosa, rendas e poucos brilhos davam detalhes ao médio vestido. Um salto preto dava destaque, era extremamente alto. Coloquei duas luvas rosa por sinal das unhas pretas, limpei o leve borrado do batom cor de boca. Sorri e fui até a porta, abri e olhei a espada que estaria presa na mesma, pensei em leva-la, mas deixei que dois servos, que claro iriam comigo, ficassem com ela. Entreguei a espada ao servo que me esperava e fui até a escada, do alto da escada vi Baro. Estava extremamente elegante e bonito, seus cabelos loiros estavam lisos e para o lado.

Fui descendo, o salto fez Baro despertar e olhar para a escada, seus olhos arregalaram um pouco, senti surpresa de sua parte. Desci séria e confiante como sempre. Minhas mãos deslizavam pelo corrimão de ferro.  Sorri para Baro que me esperava no final da escada, segurei sua mão e fui seguida por ele.

- Está linda. – ele disse olhando para frente.


- Obrigada. – disse olhando pro mesmo ponto. – Você não fica pra trás. Hyomin tem sorte. – disse provocando.

Ele riu de meu comentário e abriu a porta de sua, digamos carruagem. Fomos em total silencio, percebi seus olhares inquietos algumas vezes, mas me recusei olhar seus olhos.

- Chegamos. – ele disse sorrindo.

Segurei suas mãos e desci da “carruagem”. Fui seguindo Baro, era uma decoração realmente bonita, mas cadê Hyomin? Distraída, senti uma mão em meu braço.

- Chegou sua hora. – olhos negros que eram ocultos pelo cabelo que parecia uma rosa, uma linda rosa que havia acabado de brotar.

Assustei-me livrando das mãos. Mas havia Baro e uns servos do mesmo em minha volta, Logo  tive meus braços amarrados por uma corda, era firme e machucava.

- Desculpe-me. – Disse a voz suave e grossa de Baro.

Apenas vi o escuro e senti uma enorme do em minha cabeça, senti meu corpo ser apanhado, era as leves mãos de Baro. Quando senti que estava firme, apenas desmaiei. 

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